segunda-feira, 20 de junho de 2011

Teatro junho


UM AMIGO DIFERENTE?, adaptação de Marcos Nauer. Considerado um esquisitão por seus vizinhos e colegas de escola, Lucas (Pablo Áscoli, que dividiu a cena com Luana Piovani em O Soldadinho e a Bailarina) sonha em ser um astro do rock. Na véspera do seu aniversário, o menino é desafiado pelo irmão mais velho a conseguir dois amigos — e topa a missão. Quem o ajuda na empreitada é seu gato, Bandidão (Leticia Medella e Fábio Nunes, revezando-se no papel). Adaptada do livro homônimo da jornalista Claudia Werneck, a peça toma algumas liberdades, entre elas a ênfase na música, inexistente no texto original. O próprio diretor é um dos quatro letristas das canções do espetáculo, que ganharam melodias compostas pela cantora Maria Gadú. Variado, o repertório vai do rock ao folk. Direção do autor (60min). Livre. Estreou em 18/6/2011. Oi Futuro Flamengo (84 lugares). Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, ↕ Largo do Machado. → Sábado e domingo, 11h30. Grátis. Senhas distribuídas uma hora antes. Até 31 de julho.

O CASAMENTO DE DONA BARATINHA, adaptação de Guga Gallo. Personagem frequente nos palcos da cidade, Dona Baratinha estrela esta livre adaptação. Um belo dia, ela está varrendo o quintal de sua casa quando encontra uma caixinha cheia de ouro. A riqueza recém-conquistada, no entanto, não esconde a falta que ela sente de um grande amor. Muitos pretendentes aparecem, mas todos com defeitos inaceitáveis — menos o honesto e inteligente dom João Ratão. O espetáculo conta com a interação do público: na cena do casório, os padrinhos e madrinhas são escolhidos entre os espectadores. Direção do autor (60min). Livre. Estreou em 28/5/2011. Teatro Fashion Mall — Sala 2 (300 lugares). Estrada da Gávea, 899, São Conrado, ☎ 2422-9800. → Sábado e domingo, 17h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 15h (sáb. e dom.). Cc: M e V. Cd: M e V. Estac. (R$ 5,00 por duas horas). Até 3 de julho.


✪✪✪ UM CHORINHO PARA DONA BARATINHA,   adaptação de Pedro Murad. A fábula infantil da baratinha que acha um vintém e sai à procura de um marido ganha versão com choro na trilha sonora e narrativa ambientada no Rio antigo. Carla Diaz interpreta a simpática Baratinha. Thiago Oliveira e Bruno Macedo se dividem nos papéis dos pretendentes Boi Rico, Grilo Apaixonado, Pavão Convencido e João Ratão. Direção de Gabriel Cortez (60min). Livre. Reestreou em 4/6/2011. Teatro Miguel Falabella (453 lugares). Avenida Dom Helder Câmara, 5474 (NorteShopping), Cachambi, ☎ 2595-8245. → Sábado e domingo, 16h. R$ 30,00. Bilheteria: 14h/20h30 (ter. e qua.); 14h/22h (qui. a dom.). IC. Estac. (R$ 7,00 por três horas). Até 28 de agosto.


✪✪✪ OS COLEGAS, adaptação de Alice Reis. Livro de estreia da escritora Lygia Bojunga Nunes, publicado em 1972, Os Colegas ganhou o Prêmio Jabuti e tornou-se um clássico da literatura infantil do país. Quase quarenta anos depois, serve de base para este musical que valoriza o companheirismo. Na história, cinco animais se tornam grandes amigos, mas acabam separados por uma série de circunstâncias. Ao longo do espetáculo, eles fazem de tudo para se encontrar novamente. Formada por Guilherme Miranda, a boa trilha sonora tem o mérito de ser tocada e cantada ao vivo. Com um quê mambembe, a cenografia se resume a uma cortina ao fundo e a alguns adereços cênicos — e não chega a encantar. Da mesma forma, falta capricho em detalhes como a maquiagem, que vai borrando o rosto de alguns atores ao longo do espetáculo. O elenco, no entanto, compensa tais deficiências mostrando empatia com as crianças — e, às vezes, um humor sutil que agrada também aos adultos. Destaque para Ismael Fiorentino, como o tristonho coelho Cara de Pau. Direção da autora (50min). Livre. Estreou em 11/6/2011. Teatro Maria Clara Machado (124 lugares). Avenida Padre Leonel Franca, 240 (Planetário da Gávea), Gávea, ☎ 2274-7722. → Sábado e domingo, 16h. R$ 25,00. Bilheteria: a partir das 15h (sáb. e dom.). Estac. (R$ 10,00). Até 10 de julho.


✪✪ UM CONCERTO PARA O SOL, da Companhia Trança de Folia. Criado em 1999, o grupo assina o roteiro do espetáculo — em que são alinhavados quatro contos populares. O primeiro, Por que o Cachorro É Inimigo do Gato... e o Gato do Rato, recolhido pelo historiador e antropólogo Câmara Cascudo, explica de maneira divertida a razão da inimizade entre esses bichos. Em seguida, a plateia é apresentada a três histórias tradicionais do Egito, da Inglaterra e da Macedônia: respectivamente, A Andorinha e o Mar, O Rei dos Pássaros e, por fim, aquela que dá nome à peça. Cenografia um tanto simplória e figurinos coloridos remetem à cultura popular brasileira, assim como alguns dos instrumentos utilizados em cena — como a sanfona, a rabeca e a zabumba. Os contos são embalados por músicas de Pixinguinha, Dorival Caymmi, Toquinho e Vinicius de Moraes, entre outros, além de composições feitas especialmente para o espetáculo. Tudo é cantado e tocado ao vivo pelos cinco integrantes do elenco. Em que pese o empenho dos atores, a excessiva simplicidade das histórias e a abordagem musical tornam a peça indicada para crianças mais novas. Direção de Walkyria Alves (55min). Livre. Estreou em 4/6/2011. Sesc Tijuca (259 lugares), Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, ☎ 3238-2100. Sábado e domingo, 17h. R$ 12,00. Bilheteria: 12h/20h (ter. a sex.); 8h/20h (sáb.); 15h/20h (dom.). Até 26 de junho.

A DOCE ARIEL, de Carlos Veranai. Tema em voga, o bullying serve de mote para contar a história da protagonista. Prestes a completar 15 anos e acima do peso, ela enfrenta a rejeição do ex-namorado Guto, por quem ainda é apaixonada. Para piorar a situação, sua própria mãe, desatenta aos problemas da filha, não percebe o que está acontecendo. Por trás da perseguição à qual Ariel é submetida na escola está Morgana, uma falsa amiga, cujas reais intenções Ariel ignora. Direção do autor e direção-geral de Cláudio Handrey (60min). Livre. Estreou em 4/6/2011. Teatro dos Grandes Atores — Sala Vermelha (456 lugares). Avenida das Américas, 3555, Barra, ☎ 3325-1645. Sábado e domingo, 17h. R$ 30,00. Bilheteria: 13h/20h (ter. a dom.). Até 31 de julho.

✪✪✪ FALA QUE É AMOR, de Rogério Blat. No começo da história, dirigida à turma com idade entre 10 e 12 anos, os amigos Fafá (Laura Becker) e Joca (Nelson Yabeta) brigam durante um animado bate-papo e prometem nunca mais se falar. Cheios de saudade, eles se reaproximam usando as mais variadas formas de comunicação — do tambor à internet. Nesse vaivém, os dois descobrem-se unidos por uma paixão. Recheada de cenas típicas dessa faixa etária, a trama de amor pré-adolescente serve de deixa para outros assuntos, como a comunicação em tempos de tecnologia. Direção de Ricardo Blat (60min). Livre. Estreou em 26/3/2011. Oi Futuro Flamengo (84 lugares). Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, ↕ Largo do Machado. → Sábado e domingo, 16h. R$ 10,00. Bilheteria: 11h/20h (ter. a dom.). Até 10 de julho.

JOÃO POR UM FIO,de Roger Mello. Emaranhados de medos, sonhos e pensamentos soltos preenchem as noites de um menino solitário. Ele vive cercado de fios — tecidos pela mãe rendeira, entrelaçados na rede de pesca do pai e até na colcha que o cobre na hora de dormir. Diretor da Cia. Boto Vermelho, Ricardo Schöpke dá vida a esse garoto no monólogo, uma adaptação do livro do autor e ilustrador Roger Mello. Schöpke acumula funções: além de dirigir o espetáculo, ele interpreta o protagonista e outros onze personagens, criaturas inventadas por João. Sergio Marimba fez um cenário em vários níveis, que inclui cama elástica, uma trama de fios entrecruzados e trapézios (55min). Livre. Estreou em 4/6/2011. Centro Cultural Banco do Brasil — Teatro II (155 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Sábado e domingo, 16h. Grátis. Senhas distribuídas uma hora antes. Até 10 de julho.

✪✪ LOJA DE BRINQUEDOS, de Claudio Figueira. Menina (Yara Sardenberg) é uma garotinha rica. À procura de algum presente que ainda não tenha recebido, ela conhece, na loja do título, o carente Urso Feliz (Carlos Viegas), o sabido Robô (Marcelo Klein) e outros tipos inventados pelo Criador de Brinquedos (Gabriel Titan). Entre as cenas que arrancam risos dos pequenos sobressaem as palhaçadas da Bola Cansada (a ótima Daniele Falcone). Por outro lado, há coreografias tumultuadas, além da trilha sonora de letras e arranjos óbvios. O bonito cenário é de Clivia Cohen, e os divertidos e extravagantes figurinos são assinados por Marcelo Oliveira. Direção do autor e de Carlos Arthur Thiré (60min). Livre. Estreou em 5/2/2011. Teatro Vannucci (400 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), Gávea, ☎ 2274-7246. → Sábado e domingo, 18h30. R$ 50,00. Bilheteria: 18h/22h (ter.); 14h30/22h (qua. a sex.); a partir de 14h30 (sáb. e dom.). IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até 28 de agosto.

A MULHER QUE MATOU OS PEIXES... E OUTROS BICHOS, adaptação de Isabel Muniz. Ganhador dos prêmios de melhor adaptação da Associação Paulista de Críticos de Arte e melhor cenografia do Zilka Salaberry, em 2010, o espetáculo foi concebido a partir de livros de Clarice Lispector. Apesar do foco no público infantil, não há faixa etária que não se divirta com a mistura de teatro, dança, música e vídeo promovida no palco. Idealizada pela atriz Mariana Lima (também integrante do elenco original), a peça começou a tomar forma a partir de uma oficina de criação baseada em obras de Lispector, voltadas tanto para o público infantojuvenil quanto adulto. Histórias, imagens e diálogos desenvolvidos em ensaios foram, posteriormente, costurados pela dramaturga Isabel Muniz. Nesta nova montagem, Renato Linhares e Luciana Froés voltam ao elenco, enquanto Mariana Lima é substituída por Bel Garcia, atriz da Cia dos Atores. Direção de Cristina Moura (60min). Livre. Estreou em 18/4/2009. Caixa Cultural — Teatro Nelson Rodrigues (388 lugares). Avenida República do Chile, 230, Centro, ☎ 2262-5483, ↕ Carioca. → Sexta a domingo, 16h. Bilheteria: 13h/20h (ter. a sex.); 10h/20h (sáb. e dom.). R$ 10,00. Até 10 de julho. Reestreia prometida para sexta (24).

✪✪✪✪ NA COLA DO SAPATEADO, de Gisele Saldanha, Mabel Tude, Maria Dulce Saldanha e Tânia Nardini. Bem-sucedida, a montagem estreou em 1985, misturando passos do sapateado com gêneros brasileiros como samba, frevo e choro. Uma história costura os números. Diante da ameaça de um teste-surpresa de geografia, sete alunas bolam um plano. Como apenas uma delas domina a matéria, a turma resolve tentar colar em código desenvolvido através de passos de sapateado. Direção de Tony Nardini (60min). Rec. a partir de 2 anos. Reestreou em 8/1/2011. Teatro do Leblon — Sala Marília Pêra (462 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Sábado e domingo, 17h. R$ 40,00. Bilheteria: 15h/21h (ter. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Até 31 de julho.

O QUE PODEMOS CONTAR, de Marco dos Anjos. Nesta fábula sobre o amadurecimento, a Trupe do Experimento apresenta as desventuras de Sem História (Daniel Carneiro), um homem sério e um tanto obtuso que decide esquecer seu passado para não sentir mais saudade. Quando uma garota esperta chamada Nina (Hikari Amada) aparece em seu caminho, sua vida passa por uma reviravolta — que o leva a remexer nas lembranças que ele queria manter enterradas. A partir desse resgate da infância, Sem História entende o significado de virar adulto e sai em busca de sua família. As músicas são executadas ao vivo pelo elenco, que conta com mais quatro atores. Direção do autor (50min). Livre. Estreou em 4/6/2011. Centro Cultural Justiça Federal (142 lugares). Avenida Rio Branco, 241, Centro, ☎ 3261-2550, ↕ Cinelândia. Sábado e domingo, 16h. R$ 30,00. Projeto Carioquinha: até dia 30, R$ 24,00 para cariocas e moradores da cidade, mediante comprovação. Bilheteria: 16h/19h (qua. a sex.); a partir das 15h (sáb. e dom.). Até 21 de agosto. www.ccjf.trf2.gov.br.

O TRAVESSEIRO (POEMA N° 1 PARA A CRIANÇA), de Kiko Marques. Nesta montagem dos paulistanos da Velha Companhia, a pequena Didi (Alejandra Sampaio) se vê diante de uma situação intrigante: seu irmão se transformou em um travesseiro. Ao tentar desvendar como isso aconteceu, a menina enfrenta uma série de questionamentos, em um espetáculo que procura despertar nas crianças o interesse por temas ligados ao processo de crescimento. Vista por olhos mais amadurecidos, a peça — que mereceu o Prêmio Ana Maria Machado Cepetin de textos inéditos — é uma metáfora sobre a morte. Direção do autor (55min). Rec. a partir de 5 anos. Estreou em 4/6/2011. Oi Futuro Ipanema (118 lugares). Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema, ☎ 3201-3010, ↕ General Osório. → Sábado e domingo, 16h. R$ 10,00. Bilheteria: 15h/21h (ter. a sex.); a partir das 14h (sáb. e dom.). Até 10 de julho.

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