quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Silêncio, por favor, nas peças teatrais infantis

LI este texto no Veja Rio e realmente, apesar de chocada, como ele é pertinente nos dias de hoje.
Trata simplesmente: que educar para uma plateia de teatro é também estar educando seu filho Vemos o tempo todo a questão de limites colocada. Que pena que precisa de outras pessoas para nos dizerem o que o bom senso devia ao menos desconfiar.

A selva das peças infantis

Montagens teatrais recorrem a avisos no início dos espetáculos para conter pimpolhos atirados e papais sem educação

por Rafael Teixeira | 02 de Novembro de 2011
Hábito crucial na introdução dos pequenos ao mundo das artes, frequentar peças infantis também pode ser uma experiência torturante. Gente fotografando o espetáculo, falando ao celular ou simplesmente desrespeitando atores e outros espectadores são cenas frequentes no roteiro de quem costuma ir às sessões no fim de semana. "Acontecem coisas inacreditáveis. Se fossem para o público mais velho, teriam de ser interrompidas", reconhece Fabiana Valor, atriz e diretora, atualmente em cartaz com O Patinho Feio. Não por acaso, várias montagens estão incorporando avisos para tentar domar o mau comportamento dos pimpolhos mais atirados e dos papais sem educação. Logo no início da encenação, com muito jeitinho, os próprios intérpretes alertam sobre as dificuldades enfrentadas pelas produções. Às vezes, os problemas ocorrem por pura desinformação. Um exemplo frequente: levar um pré-adolescente a uma trama recomendada para crianças muito pequenas (ou vice-versa). Em outras ocasiões, é falta de educação mesmo. Daí decorrem episódios como o do pai que explica a plenos pulmões cada cena ao filho, sem ele perguntar, ou que deixa o garoto brincar com seu videogame barulhento e luminoso durante a sessão. Resume o dilema a atriz e diretora Melissa Teles-Lobo: "A dificuldade é não tolher a espontaneidade de ninguém, sem deixar que essa atitude interfira e prejudique os outros espectadores". O bom-senso costuma ser um grande aliado na busca por esse ponto de equilíbrio. Veja ao lado as situações mais comuns e o que se poderia fazer para evitá-las.


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